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Traição a quanto obrigas ou espelhos do tempo

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 É extraordinário sermos as nossas melhores clientes, e quando as pessoas que nos rodeiam são os nossos espelhos e, frequentemente vem até nós como amigos ou terapeutas pessoas que refletem as nossas vivências passadas. Porque de alguma forma ressoamos em uníssono como mente global. O tema traição é muito profundo, dos temas mais profundos e que nos faz refletir na dor que causa no outro e  até que ponto o outro foi conivente com a situação. Que a traição não começa na cama é ponto assente, consuma-se nela, isso sem dúvida. Por outro lado o que faltou a essas pessoas (as traídas) em termos de se autoiludirem com a pessoa que tinham ou o que a pessoa que tinham ao lado conseguiu tão bem dissimular...Por outro lado, o que a outra da equação (a traidora) veio trazer de luz ao traído? Por vezes é necessário bater fundo mas tão fundo para que as nossas próprias trevas se dissipem. E as nossas próprias trevas podem ser tão somente o excesso de cuidado e paparico que leva o outro ou a outra a

Um caso interessante de Lucas Naves

 Lucas Naves um dos melhores e mais mediáticos hipnoterapeutas da atualidade. Aqui divulgo este vídeo pelo interessante trabalho https://fb.watch/feYfYhv7_J/

Hipnose terapeutica

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 Contrariamente ao que se pensa, a hipnose não coloca a pessoa num estado de ausência de vontade. Muito pelo contrário. É um estado de concentração que pode ir de moderada a profunda dependendo do que se pretende trabalhar. Antes de iniciar a indução hipnótica, o terapeuta aprofunda a história de vida do paciente e, este decide o que se vai trabalhar. Esta programação prévia é fundamental para que o inconsciente forneça respostas precisas. De outra forma navega à deriva. Este trabalho prévio é fundamental. Em seguida, o terapeuta escolhe a indução mais apropriada tendo em conta as caraterísticas da pessoa e do que vai abordar. Em seguida aprofunda-se o relaxamento físico e mental para que a mente procure as respostas para o assunto já definido. Em seguida, poderemos utilizar vários guiões: regressão com ou sem causa conhecida, eu superior ( a parte da nossa mente que personifica o nosso ser mais feliz) ou progressão (para redefinir objetivos futuros, uma inovação do pai da hipnose mode

Auto-estima e Relacionamentos

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Antes de ter um relacionamento com quem quer que seja, aprenda a amar-se, a cuidar-se, a ser gentil consigo. Só aí consegue estar à vontade com o outro.  Quando você sabe quem é, o que quer e para onde vai. Até então anda à deriva nos gostos e quereres dos outros... Só quando você se ama e se honra em toda a sua feminilidade, alcança o estatuto de mulher-deusa. Honra-se como o ser milenar que é e sempre foi. Aí, sim. Está pronta para um relacionamento, até então foi treino.

Hipnose

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 Uma técnica milenar utilizada para cirurgias antes da descoberta do éter. Após essa descoberta deixou de ser utilizada. Novamente em alta na psicologia, nas terapias holísticas e na área da medicina também. Os estudos publicados através da plataforma Pubmed atestam a solidez dos resultados terapêuticos. Aborda desordens de ansiedade, até alto desempenho. Um mundo a explorar. Leituras recomendadas? As do pai da hipnose moderna, Milton Erickson. Boas leituras

Os outros, nós e a solidão

Cada vez mais temos pessoas no mundo e, no entanto, a solidão é um lugar comum. Quer porque estamos avessos aos outros, quer porque não nos enquadramos, quer porque a vida em pequenos apartamentos por oposição ás comunidades (famílias alargadas) onde dantes se vivia por opção ou por necessidade...enfim, um sem número de razões. Depois, há também uma outra...a intolerância. Esta amiga, que chegou para ficar por uns tempos torna-nos avessos a ter de fazer esforços de relacionamento, torna-nos evitantes, enfim solitários. Os relacionamentos dão trabalho, custam muitos créditos emocionais, desafiam-nos, fazem-nos crescer, ou não. No entanto, é quase impossível viver sem eles sob pena de nos tornarmos seres amorfos, egoístas, auto-centrados demais. Qual a opção? A escolha das pessoas com quem nos relacionamos, o perdão (tão difícil!!!), o não permitir abusos, o dar (quando conseguimos). Tudo isso e ainda assim, o saldo só pode ser avaliado do ponto de vista pessoal. Custa? Custa. Também

Divórcio

Duas pessoas divorciaram-se. Depois da luta pelo teres e haveres vem a briga pela guarda dos filhos. Os acordos aberrantes do tipo meia semana cá, meia semana lá sucedem-se sem levar em conta que duas camas, duas almofadas, duas escovas de dentes e dois tipos de regras implicitas fazem mais mal do que bem a uma personalidade que ainda se está a delimitar. O que interessa, tal como a part ... ilha do serviço de porcelana ou dos sofás é o meu grau de necessidade estar preenchida pela presença de um/uma filho (a) que já há muito tempo não sabe o que quer ou para onde vai. Aliás, saber até sabe: quer paz. Mas isso poucos adultos lha conseguem dar. Poucos adultos ouvem o que tem para dizer alegando que quem sabe o melhor para a criança é a mãe ou o pai. E cada um parece ter uma noção diferente do que é o melhor para ela. Estrutura-se assim uma pessoa insegura ou, na melhor das hipóteses um adulto (a) manipulador para conseguir sobreviver à insanidade do hoje o filho é meu, hoje o filho é te

A Obesidade e o medo

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Sim, eu sou obesa afirmava a palestrante desafiante. A plateia, na sua maioria com notório excesso de peso entreolhava-se e perguntava-se? Obesa onde? Até que então tinha chegado o momento pelo qual a palestrante esperara com sua aformação provocatória. alguém da plateia pergunta:- "Está a gozar ou quê?". Ela sorriu perante a reação previsivel e tão necessária para iniciar o debate e responde: - Agora não estou obesa mas já estive e mentalmente ainda sou. Tal como um alcoólico em recuperação. Tal como um toxicodependente em recuperação. A plateia respira fundo agora mais tranquila pelo comentário que suscita as mais variadas emoções e reações, quase todas negativas. A obesidade é um tabu na sociedade, na nossa sociedade, um mito mas também uma doença resultante não só da alimentação errada e abundante mas também das emoções. Passo a explicar: qual o gordo que não tem medo de se pesar? Eu tinha! Qual o gordo que se chama de gordo a si mesmo? Eu não! Quem nunca sentiu a r

A Ansiedade

Normalmente ela chega sem avisar muito. De início pequenos sinais. Boca seca, mãos suadas, uma ligeira dificuldade em respirar...Com o tempo, a somatizações: as dores de cabeça, as dores de barriga, os desarranjos do funcionamento intestinal...mais à frente, as hipertensões, os colon irritáveis, as dores musculares que não cedem a medicação, as que são de etiologia orgânica não detetável. Em seguida as crises de pânico que toda a gente desvaloriza apelando ao auto-controlo. Aquele auto-controlo que há muito que deixou de ser possivel porque o corpo já reage sozinho ao menor estimulo desencadeante que pr vezes pode ser apenas um pensamento. Desvalorizadas de forma geral por conhecidos, hipovalorizadas por muitos clínicos e psicólogos sabemos que estas perturbação chegam a ser tão duras e tão reais que as pessoas muitas vezes tomam opções drásticas de colocar término á vida. E, no entanto têm solução: uma boa avaliação psiquiátrica com a medicação adequada seguida de uma boa avaliação

Prenda de Natal

Hoje soube que a menina do post anterior está a ter bons resultados na escola, a professora está animada, os pais estão esperançados e eu estou francamente contente. Imagino como ela deve estar: o sapatinho não deve ter tido tamanho suficiente para tanto contentamento. Foi uma bela prenda de Natal que recebi, assim em jeito de e-mail. Ainda temos todo um caminho para percorrer mas a ponta do fio da meada foi encontrada. Agora, é ir pacientemente colocando tijolo em cima de tijolo para que daqui a uns tempo tenhamos construido um muro, mais tarde uma parede e depois (bem depois) uma casa inteira. É um exercicio de paciência para os cuidadores e educadores. É um exercicio de auto-afirmação e auto-controlo para ela. É sobretudo, uma missão que envolve amor, fé e confiança no futuro. Mas não é para isso que temos filhos? Excelente 2013 a todos os pais e professores de crianças e jovens com PHDA. Jinhos Paula

És tu que me vai pôr normal?

Foi uma pergunta feita pela menina de 7 anos que tinha à minha frente: sainha plissada, laço no cabelo, óculos que teimavam em escorregar para a ponta do nariz e uma agitação sem tamanho, maior do que ela. O meu coração quase se partiu. Mas, os psicólogos não podem mostrar emoções quando estão perante um utente ou pelo menos demasiadas emoções. Num ápice, senti a desorganização de pensamento, a angústia desta criança, o desespero dos pais, a preocupação da professora porque tinham dito que ela não era normal.  Quem, perguntam? Toda uma sociedade que teima em colocar-nos rótulos cada vez mais standardizados. Quando lhe fiz a avaliação intelectual fiquei mais animada: era média. Podiamos avançar um pouco mais, podiamos ter mais esperança, assim. Eu respondi-lhe: - Não sei amiga, mas vou tentar com a ajuda de uma pediatra muito boa que tem um remédio bom vamos tentar ajudar-te. Por acaso não foi uma pediatra mas uma médica de família que resolveu a situação do ponto de vista farma

Prestar atenção, lembrar-se e organizar

Prestar atenção cada vez mais aos inúmeros estímulos do dia-a-dia. Saber escutar, memorizar, recuperar a informação da memória, organizar os sumários, organizar a mochila, organizar os tpc's, organizar o trabalho, organizar os filhos, organizar a casa, organizar-me para organizar os que ainda não se conseguem organizar...Uff! Fico cansada só de pensar nisso. Com todas estas tarefas que os alunos têm hoje pela frente admiro-me como eles não têm uma agenda, um notebook, um planificador, seja lá o que for e que grite "tens de tomar o comprimido", "amanhã há teste", "vai buscar a roupa á lavandaria", "olha que a consulta passou das 11h para as12h" (algo eletrónico em vez da mãe). No meio disto tudo continuo a achar que uma agenda mesmo daquelas bem pequenas é fundamental para que pessoas desatentas, distraídas ou apenas "despistadas" tenham uma melhor qualidade de vida e cumpram as tarefas que lha são pedidas. A minha agenda é um

As crianças Hiperativas

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Precisam de amor, precisam de compreensão, precisam de um bom diagnóstico, consoante a severidade precisam de medicação, precisam de pais bem informados acerca da desordem, precisam de um corpo docente esclarecido. Precisam de acreditar em si e precisam que nós, os adultos que os formamos, acreditem nelas. E como acreditar sem invadir? Como motivar sem insistir? Como compreender sem empurrar para o desespero de não saber ser de outra forma? O que é isso de "comportar-se bem"? Como aprendo a estar quieto e a prestar atenção quando tudo o que eu mais queria não consigo? Por isso foi criado esse espaço: para construir passo a passo pequenas respostas para estas questões. Pelo caminho faremos propostas de formações acerca deste tema e outros. Podemos crescer juntos Paula Temudo